uma fuga em direção ao nada prostrado diante do não ser entrega a pulsões de eros e tânatos por medo, apatia e submissão. procura sedenta de esconderijos mas deuses queimam, em todos nós o eu roga enfim coragem, desembainha sua espada e levanta-a alto imponente. não teme as guerras, não temerá a morte aceita a natureza como é, e afronta seu olhar doce e dissimulado retira seus joelhos atrofiados do chão por honra, por honra a sua identidade. um último poema bravejado ao abismo o desenlace de uma nova obra não relaciona-se com o tempo nem com conquistas e méritos, como pensava. mares revoltos não podem ser domados nem sóis congelados pelo vento de zéfiro mas há braços e pernas para serem usados e ódio frio bombeando esse sangue quente. erigir é uma questão de escolha. de pé avista-se uma bela batalha uma pela qual vale a pena lutar. avante!